Isabel Nogueira
Musicóloga, performer e compositora, Doutora em Musicologia pela Universidade Autônoma de Madri, Espanha (2001) e Bacharel em Piano pela Universidade Federal de Pelotas, RS, Brasil (1993). Professora do Departamento de Música do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professora e orientadora dos cursos de graduação, Mestrado e Doutorado em Música (UFRGS), e Mestrado e Doutorado em Memoria Social e Patrimônio Cultural (Universidade Federal de Pelotas. Foi professora da Universidade Federal de Pelotas de 1997 à 2013. Membro do Grupo de Pesquisa em Criação Sonora (UFRGS), Grupo de Estudos em Música e Mídia (MUSIMID/SP), Grupo de Pesquisa em Práticas Interpretativas (UFRGS) e SARDS – Sonic Artes & Decolonial Studies (Universidade da Costa Rica). Coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos de Gênero, Corpo e Música (UFRGS). Escreveu livros e artigos sobre musicologia e sobre música e gênero, especialmente um livro lançado no Brasil em 2013 sobre o tema (publicado pela ANPPOM), que traz pesquisas importantes realizadas neste pais, assim como pesquisas realizadas na Costa Rica, Portugal e Espanha, disponível neste link: http://www.anppom.com.br/publicacoes/selo-pmb. Lançou os trabalhos fonográficos Vestígios Violeta (2014), e Impermanente movimento (2016), com Luciano Zanatta, pelo NetLabel Plataforma Records. Prepara para 2016 o lançamento de Voicing, com seus trabalhos de criação, e Lusque Fusque, com Luciano Zanatta. Desenvolve projetos de pesquisa sobre Música e Gênero, Performance e Criação Musical, uma Cartografia de Mulheres Compositoras de Porto Alegre e uma Cartografia das Artistas Sonoras na América Latina. Participa do Coletivo Medula de Experimentos Sonoros e tem o duo Strana Lektiri, com a artista sonora Leandra Lambert (RJ).
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Me interessam as vozes e as vozes gravadas, as gravações de campo e seus limites como marcadores do lugar de fala e do conhecimento situado.
Como a sua cidade, seu bairro e suas memórias te constroem?
Como você dá significado a isto?
Como você poderia criar e performar estas memórias, vozes, histórias e ambientes?
Imaginação, lugares, minha voz, sua voz, a voz de outras pessoas: um mundo de ruídos e texturas.
A forma como eu ouço e como isto constrói meu mundo: meu lugar de fala como dependente de meu lugar de escuta.
Sua voz e a forma como como você fala como marcados por seu gênero, raça e sua história (ou herstory).
Como posso dar voz para todas as minhas formas de fala e de escuta?
Como posso fazer música a partir de meu conhecimento situado?
A voz como a mais simples e talvez mais complexa forma de existência – seu significado semântico, seu significado poético e suas possibilidades sonoras – como um material completo para ser trabalhado.
Instrumentos como vozes, e vozes como instrumentos: uma combinação de todas estas possibilidades, para ser construída, desconstruídas, combinadas, processadas e reimaginadas.
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http://isabelnogueira.com.br/
https://ufrgs.academia.edu/IsabelNogueira